A sudorese é uma condição normal do nosso corpo e ajuda a manter a temperatura. É normal suar quando se está calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações específicas, como momentos de raiva, nervosismo ou medo. No entanto, a hiperidrose ocorre mesmo sem a presença de qualquer desses fatores. Isso porque as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes.
A hiperidrose é caracterizada pela produção excessiva de suor na qual os pacientes podem transpirar muito até mesmo em repouso. É uma queixa muito frequente, com predileção para determinadas regiões do corpo como região axilar, palmar, plantar, virilha e região da testa.
A hiperidrose pode decorrer de diferentes causas, como fatores emocionais, hereditários ou doenças.
Bromidrose
Muitas vezes quando o suor entra em contato com as bactérias da pele, ele passa a apresentar um odor desagradável, e a isto chamamos de bromidrose
A hiperidrose e a bromidrose atrapalham a vida social do individuo, levando a uma serie de constrangimentos e baixa autoestima.
Ou seja, quando há transpiração extrema, esta pode ser embaraçosa, desconfortável, indutora de ansiedade e se tornar incapacitante. Pode perturbar todos os aspectos da vida de uma pessoa, desde a escolha da carreira e atividades recreativas até relacionamentos, bem-estar emocional e autoimagem.
O principal sintoma da hiperidrose é o suor excessivo, seja em todo o corpo ou em áreas localizadas, como axilas, mãos, pés ou rosto.
Tipos de hiperidrose
Há dois tipos de hiperidrose, primária focal e secundária generalizada:
Hiperidrose primária focal: aqui, a hiperidrose aparece na infância ou adolescência, geralmente, nas mãos, pés, axilas, cabeça ou rosto. As pessoas não suam quando dormem ou em repouso. Normalmente, há mais pessoas na mesma família com o mesmo problema. Ela afeta de 2% a 3% da população, no entanto, menos de 40% dos pacientes com essa condição consultam um médico.
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Hiperidrose secundária generalizada: neste caso, a hiperidrose é causada por uma condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação. Ao contrário da focal primária, as pessoas com a hiperidrose secundária suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns. Outra diferença fundamental entre os dois tipos é que no caso da hiperidrose secundária, as pessoas podem transpirar excessivamente também durante o sono. Ela costuma surgir na fase adulta.
Tratamentos para hiperidrose
É preciso determinar a causa da condição, diagnosticando alguma doença ou uso de medicação. No caso de hiperidrose primária, existem alguns tratamentos disponíveis como os que seguem:
Antitranspirantes: sudorese excessiva pode por vezes ser controlada com fortes antitranspirantes.
Medicamentos: drogas anticolinérgicas ajudam a impedir a estimulação das glândulas sudoríparas, mas, embora eficazes para alguns pacientes, são pouco receitadas. Os efeitos colaterais incluem boca seca, tonturas e problemas com a micção. Os betabloqueadores ou benzodiazepínicos podem ajudar a reduzir a transpiração relacionada ao estresse.
Toxina botulínica: é um tratamento para a hiperidrose bastante utilizado por ser eficaz e não apresentar nenhum efeito colateral. A toxina botulínica é aplicada nos pontos da transpiração excessiva causando um bloqueio temporário dos nervos que estimulam a transpiração, inibindo o excesso da transpiração por um período de 8 meses em media.
Simpatectomia torácica endoscópica (STE): em casos graves, que não respondem aos tratamentos clínicos, pode-se recomendar um procedimento cirúrgico executado por cirurgião tóraxico ou vascular. Este procedimento desliga o sinal que avisa ao corpo para suar excessivamente. Sua melhor indicação é para os casos nos quais as palmas das mãos ou plantas dos pés são acometidas. A principal complicação é começar a suar em outras áreas do corpo, o que chamamos de hiperidrose compensatória.